quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Uma cruz pra mim?


"Então Jesus disse aos seus discípulos: 'Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me'" (Mateus 16:24)

Quando Jesus disse que para segui-lo é necessário negar-se a si mesmo e tomar a sua cruz, ele não estava dizendo para carregarmos um fardo. Ele não estava querendo dizer que para ser cristão é necessário suportar alguém ou algum tipo de enfermidade que traga muito sofrimento, mas ele quis dizer que para segui-lo é preciso andar como ele andou, é necessário seguir os seus passos.

Jesus assumiu um compromisso único por nós: a cruz. Ele não fugiu ou desistiu do compromisso quando sentiu o peso da cruz. Ele já sabia o quanto lhe custaria.

O apóstolo Paulo compreendeu bem o sentido das palavras de Jesus. E, porque ele tomou a cruz, foi perseguido, açoitado, e morto por amor a Cristo. Suas palavras deixam claro seu entendimento: "Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim." (Gálatas 2:20).

Paulo abriu mão de tudo, não apenas de um fim de semana. Não somente de alguns momentos com amigos ou de alguma programação na TV. Ele renunciou à própria vida: "não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus." (Atos 20:24).

E nós? Para nós é tão fácil dizer "conte comigo" e num momento seguinte argumentar "não posso", "não vai dar", "eu não sabia que seria tão difícil".

O que seria de nós se Jesus tivesse argumentado (e ele tinha muitos motivos para fazê-lo!) "eu não mereço esse fardo" ou "eles não merecem esse sacrifício"?

Negar-se a si mesmo é reconhecer que: 1. Necessitamos da misericórdia de Deus 24h por dia; 2. Sem Cristo nada podemos fazer; 3. Só o Espírito Santo nos capacita a participar da obra de Deus.

É admitir que os nossos talentos não são nossos e, na verdade, nada vem de nós mesmos, tão somente Deus nos dá a honra de ser instrumentos, pela Sua misericórdia, para mostrar ao mundo quão imenso é o Seu amor.

Negar-se a si mesmo é submeter-se à vontade soberana de Deus, sem questionamentos ou lamentações por nem sempre ser a nossa própria vontade.

Tomar a cruz é comprometer-se em fazer o nome de Jesus conhecido e glorificado neste mundo, custe o que custar. É vestir a armadura de Deus, diariamente, para "ficar firmes contra as ciladas do diabo." (Efésios 6:11).

Tomar a cruz é dizer SIM ao evangelho e não ter receio de desagradar pessoas, inclusive o nosso próprio EU, mas comprometer-se em agradar a Deus, independentemente das circunstâncias. É estar disposto a passar pelo que Jesus passou - vergonha, dor, solidão, traição... - sem abandonar o objetivo que é fazer o evangelho conhecido e o nome de Deus exaltado.

Há uma cruz com o meu nome. Só eu posso carregá-la. Há uma cruz com o seu nome e só você pode carregá-la. Mas para mim e para você há um Ajudador Fiel. Ele nos prometeu que estaria conosco "até a consumação dos seculos" (Mateus 28:20).


terça-feira, 27 de setembro de 2016




Há quem critique o povo de Deus por ser um povo que se diz santo. Já ouvi até mesmo cristãos com comentários do tipo "não quero ser santo" ou "fulano só quer ser santo".

Diante disso, tenho me perguntado: "Eu não devo querer ser santo?".

Como sempre, as respostas aos nossos questionamentos estão na Bíblia e é por meio dela que compreendo que querer uma vida de santidade deve ser o nosso pensamento SIM. E tenho muitas razões para tal desejo.

Eu quero ser santo porque está é uma ordem do Senhor: "Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus."(Lv 20.7); "Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver." (1 Pe 1.15).

Eu quero ser santo porque não quero ser confundido com o mundo: "Para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo." (Lv 10.10).

Quero ser santo porque quero estar na presença do Deus vivo, em adoração: "Serei santificado naqueles que se chegarem a mim, e serei glorificado diante de todo o povo." (Lv 10.3); "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." (Rm 12.1).

Eu tenho que ser santo porque sou a Igreja de Jesus Cristo, pela qual Cristo se entregou para a santificar: "Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível." (Ef 5.25-27).

Eu preciso ser santo para ser reconhecido por Jesus diante do Pai: "O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida, e confessarei o seu nome diante de meu pai e diante dos seus anjos." (Ap 3.5).

Temos muitos outros motivos para nos santificarmos. O mais importante é compreendermos que isso só é possível por meio da Palavra de Deus. Não é possível entrarmos na presença de Deus se permanecermos impuros. O Senhor nos quer santos. Ele nos quer em Sua presença. Ele nos ama e nos garante que, se O buscarmos de coração, O encontraremos e Ele nos santificará.

Portanto, busquemos ao Senhor e supliquemos como Davi: "Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve." (Sl 51.7).

É esta santidade que Deus quer ver em nós. Ela nada tem a ver com roupas, discursos ou liturgias. Ele quer o nosso coração quebrantado e entregue, pronto para ser lavado e purificado pela Palavra do Senhor.

A Ele, somente a Ele, seja dada glória!